quinta-feira, novembro 18

Os animais tratam mal os diferentes deles.
Nós também…

Muitos “seres humanos” tem dificuldade em aceitar a diferença.
Eu que o diga, fui expulso da minha família por “ser diferente”, apenas por um simples facto de a minha orientação sexual ser diferente da maioria.

A minha orientação sexual é uma parte muito importante da minha vida, tem a ver com a minha sexualidade, parte sempre muito importante da vida de qualquer ser humano, logo a seguir á alimentação, e com os meus afectos, o que afecta a minha estabilidade emocional.
Mas não me define como ser humano.

Eu sou como todos os outros, tenho fome, frio, calor, sangro, choro e rio como todos os outros.
Tenho os mesmos desejos de felicidade e bem-estar que qualquer outro.
Quero ser amado e respeitado como todos os seres humanos.
E tenho defeitos como todos temos.

Nunca vou perdoar à minha mãe e ao meu irmão o facto de me renegarem por isso.
Nem lhes vou perdoar terem “dado a noticia” a toda a família permitindo que eles tentassem me humilhar publicamente, o que não conseguiram á minha frente porque eu não sou propriamente uma “criaturinha frágil”.
Mas que magoa, magoa…

Ser mãe é amar um filho incondicionalmente, protegê-lo, ampará-lo, acarinhá-lo.
Nada disto me foi dado.
Porrada, recebi muita, amor e carinho nada. Não me lembro de um carinho de meus pais.
Mas pelo menos o meu pai não me rejeitou, pelo menos ele era mais inteligente.
Tenho pena de o não ter “conhecido”…

1 comentário:

Anónimo disse...

Oi João,

Muita mágoa :( Mas o importante é o que está para vir para a frente, que se pode construir e moldar à nossa vontade, e não o que ficou para trás, que já não se pude mudar---só se pode armazenar e deixar secar.