O principal sinal de humanidade é a maneira como os seres humanos tratam os animais.
O ser realmente humano seria incapaz de tratar mal um animal.
É verdade que para nós comer-mos, tem de ser sacrificadas vidas de animais.
Só quem não viveu no campo (eu passava o Agosto de férias na Serra do Açor, na aldeia de meu pai), não tem essa noção. E é algo que se deve experienciar.
Assistir a uma matança do porco é uma recordação negativa que me ficou para o resto da vida, e que não faço questão de repetir. Mas deve ser essencial e necessária para que respeitemos os animais que sacrificamos para nossa alimentação. Sem eles a nossa vida seria menos saborosa, e menos saudável.
Por isso não devemos maltratá-los, se eles servem para nossa alimentação, deveríamos tratá-los com muito respeito e conforto até eles serem mortos.
A tourada é uma barbárie, feita e aplaudida por grunhos sedentos de sangue. Não vejo qualquer “espectáculo” ou “arte” no sofrimento alheio, seja ele animal ou humano. E não me venham falar em tradição. Na Inquisição era “tradição” queimar pessoas vivas nas fogueiras nas praças principais, para gáudio dos espectadores que aplaudiam, e não é por isso que se manteve “ a tradição” até hoje.
Viu-se o que Barrancos ganhou com a legalização da tourada de morte. Perdeu visitantes, que agora vão para Monsaraz porque lá ainda é ilegal, pois também eles querem manter “a tradição”. E o povo adora ilegalidades.
Se os portugueses aplicassem tanto empenho em trabalhar e cumprir a lei, como se empenham em não a cumprir ou a fugir dela, teríamos um país mais maravilhoso do que temos.
Sem grunhos.
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