Beatriz Costa era assim, destravada, atrevida, mas sempre com respeito, impunha-se com assombro.
A menina da franja tornou-se uma sex-symbol, o rosto com um sorriso avassalador, riso fácil, num metro e meio de altura.
Nasceu no dia 14 de Dezembro de 1907, no Casal do Barreiro, Mafra, como Beatriz da Conceição.
Aos 4 anos vem para Lisboa com a mãe, que trabalhava em casa de José Malhoa.
Aprende a ler aos 13 anos e trabalhava como bordadeira.
Aos 15 anos pisa pela primeira vez o palco com a revista “Chá e Torradas”, como corista.
Estreia-se como actriz em 1925 no Trindade, já como Beatriz Costa.
Do teatro para o cinema foi um passo. É ai que estreia a franja, que seria a sua imagem de marca.
Com Vasco Santana filma o primeiro filme sonoro feito por portugueses, “A Canção de Lisboa”. O seu último filme é a “Aldeia da Roupa Branca” de 1938.
Parte para o Brasil, onde vive 10 anos e onde casa em 1947 com Edmundo Gregorian, divorciam-se 2 anos depois mas a amizade e o respeito ficaram para sempre.
O divórcio fá-la regressar a Portugal.
No início dos anos 60 despede-se da vida artística. Abraça então a vida literária em 1975 com “Sem Papas Na Língua”, tal como ela era um livro desassombrado, seguiram-se outros 5.
Fez várias aparições na televisão, sempre irreverente.
Morreu aos 88 anos, no dia 15 de Abril de 1996.
Portugal ficou mais triste.
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