sábado, janeiro 2


A minha vontade de poder foi morta à nascença pela vontade de amar.


Não compreendo a vontade de ter poder, desta mesquinhez típica dos tugas, que detentores de um pequeno exercem-no arbitáriamente para se porem em bicos de pés. Para subjugar os outros...


Como se isso os fizesse importantes. Os portugueses tem muitos fantasmas na cabeça. Agora é os casamentos gays. Que susto, o mundo vai acabar.

Sou gay, mas adoro as mulheres. Para mim elas não são objecto de paixão, mas companheiras de viagem, cúmplices de uma aventura, alguém com quem possa rir e receber companheirismo. Pena que a minha mãe tenha falhado nisto...


A todas as mulheres da minha vida agradeço


A Amália, por um dia ter permitido privar com ela, e ter-me ensinado a amar o Fado e a amar os outros, os poetas, as flores, Lisboa e Portugal, pelas longas conversas noite fora


A Beatriz Costa por ter sido um dos meus ídolos, por ter sido uma voz de ânimo quando eu precisei mais, por ter-me aberto o mundo da cultura, e a sede de viajar


A Natália Correia pela força de viver, por me fazer ver que no submundo existe tanta beleza, por me ter quebrado preconceitos


A todas as minhas amigas,

a Paula Pereira, minha amiga de sempre, mulher de coração tão grande como o seu tamanho

a Paula Margarida, pela cumplicidade, pela palavra amiga

a Filo, por ser uma mulher lutadora, que procurou a felicidade e a achou, pela sua bondade

a Paula Palma, por ter sido a pessoa que me fez encarar a minha homossexualidade de frente, sem vergonha ou receio (que saudades tenho de ti amiga, onde andas tu?)

a Ana Coelho, pela bondade

a Sónia, pela ternura, pelo riso descarado

a Mila, a irmã, eterna amiga, por me ter feito acreditar que existem anjos na terra, por me fazer acreditar na bondade humana

a Cristina pelo seu sentido de humor, pela cumplicidade

a Graça, pelo seu sorriso, pela cumplicidade, pela ajuda que me prestou

a Manuela, pelas conversas agradáveis, pela disponibilidade, pelo carinho

a Teresa, por ser o grande ser humano que é


As professoras Júlia, Ana Paula Gamboa, Madalena, Sandra e Marta, por tudo aquilo que me ensinaram, pela paciência, pela sua presença


Não imagino a minha vida sem mulheres...


A vida tem-me feito conhecer muita gente bonita, e uma das coisas que mais prezo é a inteligência.


A estas mulheres bonitas, o meu muito obrigado pelas dádivas que me deram


O meu muito obrigado...



1 comentário:

Anónimo disse...

Gostei muito deste teu post, é verdadeiramente bonito.