quinta-feira, fevereiro 10

Já não faço jardinagem, com medo de ser picado pela aranha viúva negra e não chegar a tempo a um centro de socorro
Também já não apanho moedas perdidas no chão porque provavelmente foram lá colocadas por algum molestador sexual à espera que eu me abaixe para atacar
Graças a vocês eu agora apenas uso a minha sanita porque tenho um medo de morte que uma enorme serpente preta possa estar escondida sob o assento e trincar o meu traseiro causando-me morte instantânea
Já não meto gasolina sem ter alguém por perto para tomar conta do carro para evitar que algum maluco de um assassino em série possa entrar sorrateiramente no banco de trás enquanto eu atesto o depósito
Não consigo usar desodorizantes porque causam cancro, mesmo que eu possa ficar a cheirar como um búfalo de água num dia de intenso calor
Não consigo comer um KFC porque fico imaginando que as suas galinhas são horríveis aberrações mutantes sem olhos, nem pés, nem penas
Tenho medo de ir tomar uma bebida a um bar, com receio de acordar numa banheira cheia de gelo com os rins estripados
Estou teso, mas isso vai mudar quando eu receber os $15.000 que o Bill Gates / Microsoft e a AOL vão enviar-me por participar no seu programa especial de e-mail
Gastei todas as minhas economias, porque as fui enviando para uma menina muito doente (Penny Brown) que está prestes a morrer pela 1.387.258ª vez
Sinto-me na obrigação de enviar os meus agradecimentos a quem me enviou um e-mail sobre a tendência que os ratos têm de fazer cocó na cola dos envelopes, pois agora tenho de usar uma esponja molhada para fechar cada envelope
.     Tenho relutância em apertar a mão de alguém que tenha estado a conduzir porque, estatisticamente, o passatempo favorito de muitas pessoas quando conduzem sozinhas, é esgravatar o nariz

quarta-feira, fevereiro 9

Como impedir as pessoas de  te chatear sobre o casamento?
 
 Durante os casamentos, tias velhas costumavam vir até mim,  bater-me nas costas e dizer: "tu serás o próximo"!
 
 Elas pararam depois que eu comecei a fazer a mesma coisa com elas, nos funerais.

Uma mulher tem a última palavra em qualquer discussão.
 
 Qualquer coisa que um homem diga depois disso, é o começo de uma nova discussão.
Uma mulher casa com um homem esperando que um dia ele mude, mas ele não muda.
 
 Um homem casa com uma mulher esperando que ela não mude nunca, mas ela muda.

Homens casados vivem mais do que homens solteiros.
 
 No entanto, os homens casados são os que têm mais vontade de morrer.

Para ser feliz com um homem, você deve entendê-lo bastante e amá-lo um pouco.
 
Para ser feliz com uma mulher, você deve amá-la bastante e jamais tentar entendê-la.

Chefe esperto + Empregado esperto = Lucro
 
Chefe esperto + Empregado burro = Produção
 
Chefe burro + Empregado esperto = Promoção
 
Chefe burro + Empregado burro = Hora extra
 
Homem esperto + Mulher esperta = Romance
 
Homem esperto + Mulher burra = Caso
Homem burro + Mulher esperta = Casamento
 
Homem burro + Mulher burra = Gravidez

terça-feira, fevereiro 8

Esta semana recebi na minha caixa de correio electrónico este “grito” de ajuda:

“Eu já não sei mais o que fazer para arranjar um namorado! Eu estou a ficar desesperado… Preciso da ajuda!”

Como diziam os Fariseus “Quem não se chega à frente, raramente tem a cama quente.”

A maior parte das vezes a razão de estarmos sozinhos é a falta de iniciativa. Quando não é isso, é mesmo falta de higiene. Não quer dizer que deva abordar qualquer um. Mas às vezes precisamos de um “incentivo místico” que nos ajude a tomar decisões.

Eu sempre fui muito criterioso a escolher os homens da minha vida. Como deve calcular o meu status social, aliado a esta estampa física, foi, e ainda é, um chamariz do sexo.
Para resolver este meu problema criei um teste com uma grande carga mística que, embora possa parecer simples, a experiência tem me mostrado que é praticamente infalível.
Quando passo ao pé de uma pastelaria penso num dos meus pretendentes, depois digo o seu nome em voz alta e entro na pastelaria. Peço uma pirâmide de chocolate. Se não houver pirâmide é porque não há motivo para estar ali, por isso saio e vou falar com esse homem.
Se houver pirâmide ele não me merece mas tenho o consolo de comer o bolo. Se a pirâmide tiver cereja no topo, ele não é o homem ideal, mas é sinal que tem um amigo que pode ser, primeiro como o bolo e depois vou descobrir esse amigo. Fico sempre a ganhar, se não for homem é o bolo.

Isto funciona tão bem que no outro dia experimentei com uma chave do euromilhões e fiz um 4. Acho que falhei os outros dois números porque não resisti e acabei por comer um bolo mármore enquanto preenchia o boletim.
Penso que este pode ser o incentivo místico que falta na sua vida. Saia de casa, entre numa pastelaria e faça o teste. Lembre-se do ditado dos Fariseus. E cuidado com os diabetes!
Cordialmente um grande bem hajam,






Que imagem tens de ti próprio?
"Ah, eu acho que..." e "Ah, não sei...", são frases típicas de quem não tem muita certeza das coisas. É melhor evitá-las. Uma resposta vaga só é perdoável se a pergunta for muito abrangente.

Não há atitude que demonstre mais medo e falta de decisão do que um aperto de mão fraco
Mentiras e inverdades têm pernas curtas, principalmente quando as situações inventadas não condizem 

segunda-feira, fevereiro 7

“Tropeço em cada pedra, bebo em cada fonte, vou de anjo em cada procissão. O meu segredo é este: curo as chagas com pensos de terra, na beleza viril duma paisagem onde sempre me apetece parir ou morrer. O destino plantou-me aqui e arrancou-me daqui. E nunca mais as raízes me seguraram bem em nenhuma terra”. 
Só a humanidade é digna de louvores, de cânticos, de admiração
“Nasci subversivo. A começar por mim – meu principal motivo de insatisfação”
Sou um homem da cidade, nasci e cresci em Lisboa, aprendi a amar esta cidade de charme e luz única, Lisboa é uma cidade que encanta sem sabermos bem porquê que mistura o tradicional com o moderno, uma cidade multirracial. No entanto esta Lisboa não é bem aquela em que cresci e aprendi a ser alguém. Esta Lisboa “obrigou-me” a ir viver para a periferia, tornou-se deserta á noite, e caótica de dia, algumas vezes desumana, outras insegura, suja, deteriorada. Mas continuo a amá-la…
A minha cidade ideal seria uma cidade de interior, de média dimensão, limpa, segura, com bons acessos, com uma boa oferta cultural, com carácter, que respeitasse o seu património cultural e histórico, com bom nível de vida, sem pobreza, com boa educação e emprego sustentável. Rodeada de espaço rural, de rios e montanhas, uma cidade multirracial onde todos fossem aceites sem diferenças religiosas, raciais ou de orientação sexual. 

A mulher ousada

Hannah Arendt nasceu a 14 de Outubro de 1906.
Judia, escapou por um triz aos campos de extermino nazis, ousou questionar os fundamentos do Sionismo.
Não hesitou em denunciar a cumplicidade dos Conselhos Judaicos no Holocausto.

Doutorada em filosofia, ousou equiparar o totalitarismo comunista ao fascista.
Escrevia com uma nitidez terrível o que a tornou incomoda. A ideia do amor foi a primeira das suas investigações.
Doutorou-se com 22 anos, a 8 de Novembro de 1928, embora com reticências por ter sido demasiado “ousada”.

Viveu uma intensa paixão que durou até á sua morte em 1975,por um dos seus mestres, Martin Heidegger, que era casado. Ele nunca deixou a mulher, o que a magoou, mas ainda mais a sua colagem ao movimento nazi.
Acabou por casar em 1929 com Günther Stern.

Em 1933 foge para Paris onde trabalha em várias organizações judias, tendo em 1935 ido á Palestina.

Em 1937 conheceu o seu segundo marido Heinrich Blüncher, ligado ao partido comunista e com quem casou em 1940.

Em 1941 foi presa num campo de concentração francês, de onde fugiu para Lisboa com o seu marido, partindo depois para Nova Iorque.

Em 1961 reflectia sobre a banalidade do mal, e sofreu uma campanha de difamação, que durou anos.
A sua tentativa de visão da vida foi procurar ver tudo, e de todos os ângulos possíveis.
Foi acusada de não amar o povo judeu.
Por não se ter encaixado, nunca se deixou ficar refém das mordomias que recebeu.



sexta-feira, fevereiro 4

Ponto fraco: Você detesta burocracia.
Solução: Não perca energia tentando alterar a burocracia da empresa. Cada empresa é composta de pequenos grupos, e cada um tem as regras que estabeleceu para seguir, e que servem para protegê-lo. Pessoas que chegam e desafiam essas regras costumeiramente passam a ser mal vistas e correm riscos, pois a burocracia é a justificativa para a existência dessas regras. Aprenda a conviver com essa burocracia sem ficar dependente dela. E, acima de tudo, não mencione na sua entrevista a sua indisposição para com o conjunto de regras adoptado pela empresa.
Ponto fraco: Você é agressivo.
Solução: Corrija esse comportamento. As empresas detestam agressividade. Embora muitas vezes adoptem o discurso de que seria bom ter uma pessoa assim para "botar fogo" na equipa, na prática odeiam os agressivos. Simplesmente porque agressividade implica em mudanças e não é possível manter a rotina "agressivamente". Você pode falar do quanto é agressivo, mas jamais aja com agressividade. Ao contrário, seja agradável e moderado com todas as pessoas em qualquer situação.
Ponto fraco: Você tem mais de 45 anos.
Solução: Não coloque sua idade no currículo e não inclua idade na conversa. Mas é claro que a sua aparência denunciará a sua idade, e o questionamento possivelmente virá. Mas até esse momento você já deverá ter tido tempo de mostrar que é um bom candidato, não importa que idade tenha, ou até mesmo que só conseguiu o nível de qualidade e competência em que está por causa da experiência que a vivência tem.
Ponto fraco: Você é solteiro(a), separado(a) ou divorciado(a) mas vive com uma pessoa.
Solução: Embora a modernidade tenha chegado às relações pessoais, ainda há muitos executivos, em empresas conservadoras, que se impressionam negativamente pelo facto de um seu colaborador viver em situação familiar que eles consideram irregular. Até há pouco tempo, era incomum as pessoas se separarem e se casarem novamente e, por causa disso, uma boa parte das empresas, tradicionais, vêem com certo preconceito a situação de pessoas que não são casadas. Se precisar, responda que vive maritalmente. É uma forma de responder sem muita precisão e sem dar muita margem a que se discuta a situação.
Ponto fraco: Você frequentou a universidade mas não concluiu o curso.
Solução: Não minta. Dê pouca ênfase a este ponto no seu currículo, por exemplo, se você deixar a secção de formação académica para o final e se disser "Estudei Administração de Empresas na Universidade Mackenzie". Você não disse que se graduou – não mentiu. Na entrevista, você pode seguir a mesma táctica, respondendo que estudou, e não que se graduou. Mencione que o curso foi interrompido antes da conclusão apenas se for perguntado.
O terceiro pedido que ocorre numa entrevista:
Por que você acha que eu deveria contratá-lo/promovê-lo? Aqui é importante lembrar o velho adágio que diz "se você não sabe para onde está indo, qualquer estrada o levará para lá". É preciso que você planeje a sua carreira, saiba o que quer e o que tem que fazer para consegui-lo.
Os seus objetivos devem ser realistas, claros e mensuráveis. E você deve dizer ao seu entrevistador como os seus planos de carreira podem auxiliar a empresa que está contratando ou promovendo você.
SE NÃO PUDER DEIXAR DE MENCIONAR, DEIXE-OS POR ÚLTIMO
Privilegie seus pontos fortes, sempre e em qualquer instância. Alguns momentos, no entanto, exigem que você mencione as falhas, pontos fracos ou situações melindrosas. A alternativa é deixar por último, porque quando o seu entrevistador chegar a essa questão já estará bem impressionado pelos seus pontos fortes e tenderá a minimizar seus pontos fracos.
Um segundo pedido, comum em entrevistas, é o seguinte:
Quais foram os resultados mais importantes que obteve em sua carreira? Novamente ninguém quer saber dos prêmios que ganhou na escola primária ou do trabalho voluntário que você pratica nos fins de semana. Quer saber que resultados profissionais efetivos você obteve. Também aqui é necessário que você conheça a respeito de três quesitos da sua vida profissional:
- Como você lida com a crise;
- A sua capacidade de resolver problemas;
- Como você avalia desempenhos de indivíduos
A estratégia dos pontos fortes:


A redação de um excelente currículo, uma negociação salarial de sucesso ou, ainda, a discussão de uma proposta de trabalho, tem que estar baseada na ênfase aos pontos fortes do profissional. Esses pontos devem ser valorizados no início do currículo, no começo da negociação salarial, na abertura da discussão de uma nova proposta.
Como é fundamental ser verdadeiro, nem sempre é possível deixar de incluir informações que revelam pontos fracos. Nesses casos, algumas alternativas são possíveis:

Se puder, não mencione os seus pontos fracos;

Se não puder deixar de mencionar, deixe-os por último;
Se for possível, mascare os pontos fracos.
SE PUDER, NÃO MENCIONE OS SEUS PONTOS FRACOS
Enfatize seus pontos fortes quando for solicitado a comentar detalhes da sua carreira.
Numa conversa profissional que envolve contratação ou promoção, quase sempre surgem perguntas que pretendem fazer com que você especifique detalhes de sua vida profissional. Vamos a alguns exemplos e como você pode responder adequadamente:
Fale-me de você. Ninguém faz uma pergunta dessas para saber se você aprecia jogar tênis de mesa ou tocar violão nas horas vagas. O que se quer é saber quem é você dentro da empresa. Para responder coerentemente, você precisa analisar a sua vida profissional em três requesitos:
- habilidade de desenvolver relacionamentos duradouros;
- habilidade de influenciar outras pessoas;
- habilidade de negociação.
Quando for a uma entrevista, chegue sempre no horário marcado e saiba com quem vai falar. Esteja com a aparência impecável.
Use roupas clássicas e discretas e exclua o jeans ou tênis. Prefira roupas sóbrias e de cores neutras;  
As mãos e cabelos também devem estar bem cuidados. O seu primeiro contato com o entrevistador deve ser calmo e tranqüilo. Lembre-se que um rosto alegre ou um sorriso transmitindo entusiasmo é um recurso que sempre facilita a aproximação; 
Memorize o nome do entrevistador ou dos entrevistadores. Procure chamá-los pelo nome, sempre que possível;

Demonstre confiança, fale com clareza, naturalidade e espontaneidade. Tenha cuidado com a gramática, uso de gírias e vícios de linguagem;


Além de estar apto a esclarecer pontos de sua vida profissional, você deve mostrar que está bem informado sobre assuntos relacionados com a empresa que quer trabalhar. Dessa forma, demonstra interesse pelo cargo e pode diferenciar-se dos demais candidatos;


Esteja preparado para responder sobre sua pretensão salarial, disponibilidade para viagens e limitações de horário;


Não se limite a enumerar cargos que ocupou em empregos anteriores. Procure mostrar também as contribuições que você deu à empresa e o que aprendeu;


Em hipótese alguma fale mal de antigos chefes ou empresas;


Evite assuntos polêmicos como política, futebol e religião;


Sempre que possível evite respostas como “sim” ou “não” e desenvolva um raciocínio completo tornando as respostas mais interessantes;


Não fume durante a entrevista;


Desligue o telemovel.

A mulher que fez nascer um país

Golda Majouitz nasceu em Misk na Ucrânia a 3 de Maio de 1898, sendo a última de 4 irmãos, os 3 primeiros todos rapazes.

Em 1905 o pai emigra para os Estados Unidos. Um ano depois junta-se a família em Milwaukee, Wisconsin.
Aos 10 anos já angariava dinheiro para os mais pobres, para lhes dar livros escolares.
Queria ser professora mas o pai opunha-se.

Em 1912 inscreve-se no liceu, trabalhando em vários empregos para não depender do pai.
Aos 15 anos vai para Denver. Descobriu o amor em Morris Meyerson, na sua ternura, inteligência e sentido de humor.
Com a mãe doente, o pai engole o orgulho e pede-lhe que volte.
Em Outubro de 1916 entra para a escola de professores de Milwaukee. Foi ai que conheceu David Ben-Gurion.
Inscreve-se no Partido Trabalhador Sionista.
Casa com Morris a 24 de Dezembro de 1917.

Chega a Telavive em 1921, a viagem da América á palestina é dura. Fome, doenças, paragens e o suicídio (ou assassinato) do capitão.
Pelo meio uma semana em Ponta Delgada, que recordou para sempre como um lugar encantador.
Desembarcados em Nápoles vão de comboio até Brindisi onde encontram judeus lituanos, que os acompanham de barco até Alexandria.
Tiveram dificuldades no Kibbutz.

Acabaram por partir para Telavive e depois para Jerusalém, onde nasceram os filhos Menachen e Sarah. O filho seria musico, a filha escolheria viver num Kibbutz.
Transforma-se numa dona de casa, mas ao fim de 4 anos é convidada para secretária do Conselho de Mulheres Trabalhistas em Telavive.
Separou-se oficialmente em 1938, mas nunca se divorciaram, aliás foi em sua casa que morreu em 1951.

Em 1932 desespera com a doença de sua filha e parte para os Estados Unidos, regressando no Verão de 1934, com a filha curada e um grande trabalho diplomático.
Durante a década de 40 enfrenta o governo britânico que quer impedir a fuga dos Judeus da Europa para a Palestina. Chegou mesmo a fazer uma greve de fome em 1946, contra o parecer dos médicos.
Depois da criação do estado de Israel aceitou o cargo de embaixadora na União Soviética.
Um ano depois é chamada para o cargo de ministra do trabalho e da segurança social. Criou um sistema da habitação subsidiada para os imigrantes, que integrou no sistema laboral.

Em 1956 é eleita Secretária-Geral do Partido Mapai (Socialista), sendo a única capaz de unificar o partido.
Após a morte súbita do então primeiro-ministro Levi Eshkol, ganha com 71 anos as eleições e torna-se a segunda primeira-ministra do mundo.
Consegue gigantescos apoios financeiros e militares, fez o cessar-fogo com o Egipto.
A 6 de Outubro de 1973 começa o ataque surpresa conjunto da Síria e do Egipto. Golda manteve o sangue-frio. Em 1979 foi assinado o Acordo de Camp David, e a morte de 2 500 militares israelitas, e um clima de revolta em Israel contra o ministro da defesa.
Ganhou as eleições de Dezembro de 1973, mas demitiu-se em Junho de 1974 a favor de Yitzhak Rabin. Completava 76 anos.

Morreu em Dezembro de 1978.

quinta-feira, fevereiro 3

A felicidade é o livre uso das minhas capacidades.


Sinto que tenho inúmeras possibilidades dentro de mim.
Sou igualmente alegre e travesso, melancólico e insatisfeito.
Tenho raízes, mas adoro voar.
Sinto-me uma rolha no meio de uma tempestade no mar.

quarta-feira, fevereiro 2

Vejo sempre a alma através das palavras.

Estou fora de moda, velho.

A melhor herança que se pode dar a um filho é permitir-lhe fazer o seu caminho.

Isto não foi o que a minha família me fez.
Nem o meu pai, nem a minha mãe, nunca me elogiaram, nunca me apoiaram, nunca me ensinaram, nunca me encorajaram.
O meu pai era um homem ausente da família (já falei sobre isso aqui no blog), a minha mãe era uma mulher violenta, que nos dava (a mim e ao meu irmão) violentas tareias e torturas. Chegou a amarrar-nos com arame ás cadeiras só por estarmos a rir os dois, e a bater-nos com um pau com um prego na ponta.
Uma vez chegou-me a partir a cabeça com um chinelo arremessado do outro lado da sala.
Ou seja sempre convivi com falta de carinho, amor e incentivo, o que me deixou esta insegurança eterna que tenho nas minhas capacidades.

Foram sempre os estranhos que me incentivaram e me amaram. A eles devo o não ter “descarrilado”.
À Natália Correia, a Beatriz Costa e especialmente a Amália, devo a minha cultura, muita da minha educação e muito carinho com que sempre me brindaram. A elas devo o ser uma boa pessoa, e é por elas que eu tento ser o melhor ser humano possível, em homenagem a elas.

A Natália ensinou-me a amar toda a gente, independentemente da sua origem, ou da sua situação. E a amar os livros.
A Beatriz Costa ensinou-me que a cultura é a nossa grande arma pessoal, a educação uma ferramenta poderosa, e a humildade uma protecção. E a ela devo este meu amor por Portugal e pelo outro ser humano, a não amar o poder e o dinheiro, aliás a desconfiar dele, e a proteger-me dos outros.
A Amália a amar o que é belo, a ver a beleza nas coisas mais simples, a amar o Fado, a ver as pessoas para além do seu aspecto.
Estes extraordinários seres humanos devo a minha vida, foram elas que me formaram e me tornaram o que sou hoje.
Outros foram desilusões.

Mas se alguma coisa me ensinaram estas 3 grandes mulheres, foi que nunca devemos desistir do outro ser humano, pois se o fizer desisto de mim próprio.

Que falta me fazem…

A senhora mistério

Nasceu a 15 de Setembro de 1890 na estância balnear de Torquay, numa casa cheia de criadas. O pai era presidente do clube de criquete local.
Era a mais nova de três irmãos, Madge, Monty e Agatha. Chorava quando Monty lhe chamava “franga escanzelada”, e falava com amigos imaginários.

Quando a irmã a desafia a escrever um policial, já ela era mulher casada, com o seu Archie, major da aviação Archibald Christie, por quem rompeu um noivado.
Em 1914 com a guerra casam na primeira licença dele.
Ele ganhou muitas medalhas, ela ajudou muitos doentes, e inventou Hercule Poirot.
O primeiro livro foi publicado em 1920, um êxito imediato.

Quando o coronel voltou, Agatha teve uma menina, Rosalind. Archie passa a estar cada vez mais fora de casa. Em 1926 pede o divórcio alegando ter encontrado outra mulher.
Entretanto os livros continuam a ser êxitos.
Desaparece misteriosamente durante 11 dias, em Dezembro.

Viveu com o segundo marido, Max Mallowan, durante 45 anos, até á sua morte em 1975. Max apareceu na vida de Agatha tinha ela quarenta e ele vinte e cinco. Conheceram-se em Ur, perto de Bagdad, 3 anos depois do seu divórcio.
Ele encantou-se pela energia dela.
Em 1927 tornou-se mais social e divertida, e inventa Miss Marple.

terça-feira, fevereiro 1

Cada vez me importo menos com o que as outras pessoas pensam de mim, e cada vez mais do que eu penso dos outros.

Posso não ser totalmente fiel ás pessoas, mas sou ao momento que passo com elas.
As coisas são belas e de valor quando são dons e não aquisições.

Não dou muito valor ás coisas, sempre vivi mais para os afectos, e foram sempre eles que me enriqueceram.
Apenas desejo ter aquilo que me dê prazer e sossego, ter o suficiente para me alimentar bem, ter uma pequena casa (T2 chega e sobra), um pequeno carro (pequeno para estacionar em qualquer canto), e ter dinheiro para viajar e pequenos mimos para mim e para aqueles que amo.

Quando conheço uma pessoa nunca me interessa saber o seu “valor monetário”, prefiro explorar o seu valor humano, e se as suas acções são coincidentes com as suas palavras.
Palavras que não coincidem com as acções são os assassinos do idealismo.
Prefiro a sua riqueza como ser humano.
Vivo dos afectos dos outros e só eles dão riqueza á minha vida.
E dessa quero muita.

Chanel Nº.5

Nasceu a 19 de Agosto de 1883, filha de Jeanne Devolle e Albert Chanel, segunda filha do casal, mais tarde alargada com outra menina.
Em 1895 quando Gabrielle tinha 12 anos, a mãe morre e o pai abandona as 3 filhas á porta de um orfanato. Chanel nunca mais viu o pai.

Aos 20 anos a instituição coloca-a a trabalhar numa retrosaria.
Torna-se a coqueluche do Regimento de Cavalaria de Moulins.
Muda-se depois para Vichy com a sua tia Adrienne, da mesma idade, mas volta aos 25 anos para Moulins.

Tornou-se amante aos 25 anos de um oficial que a amava, Etienne Balsan, criador de cavalos.
Vingou-se da situação de amante, começando a “roubar” peças de vestuário aos amigos e introduzindo-as no seu.
Em 1910 inventou o pequeno chapéu de palha que se tornou famoso.

Encontrou num amigo, Arthur Capel, o estímulo que lhe faltava. O amante gozava com a sua vontade de trabalhar e ter uma loja, que se recusou a comprar por tornar o affair publico.
Acaba por lhe emprestar um r/chão em Paris, o n.º 160 da Boulevard Malesherbes. Foi um erro, o êxito de Chanel foi imediato, e Arthur Capel morava mesmo ao lado. A paixão entre os dois acendeu-se.

Em 1910 Chanel vai viver com Arthur e começa a criar os seus chapéus, no n.º 21 da Rua Cambon, a Chanel Modes.
Os seus modelos, as raparigas dos sportmen de Royallieu, tornaram-se actrizes de 1º plano em 1912, sendo fotografadas por revistas de moda. E Gabrielle Chanel torna-se conhecida.

Em 1913 cria o estilo desportivo para as mulheres. Usou o tricot até então considerado indigno, apenas usado para as roupas interiores.
Abre a sua primeira loja em Deauville.
Continua a buscar inspiração nos arma´rios dos múltiplos amantes, mas nunca foi pedida em casamento. Vinga-se e não desenha vestidos de noiva, ausentes nos seus desfiles, desafiando a tradição.

Com a guerra o jet-set refugia-se em Deuville, entretanto abre outra loja em Biarritz, com uma fabulosa colecção de vestidos.
Em 1916 já tem 300 trabalhadoras. Reembolsa Arthur totalmente.
Em 1919, a 24 de Dezembro, Arthur morre num acidente de automóvel numa corrida.
Fica sem o seu grande amor.

Em 1920 tem um breve romance com Dimitri Pavlovitch, um belo grão-duque da família Romanov, refugiado em Biarritz.
Este romance traz os bordados eslavos para as suas colecções, o que lhe traz o aplauso da prestigiada Vogue.

Em 1924 contrata o conde Etienne de Beaunont como desenhador da sua colecção de jóias. E cria o seu lendário N.º 5, sábia mistura de Ernest Beaux.
Faz o guarda-roupa das peças de Cocteau, e dos ballets russos de Diaghilev, com cenários de Picasso.

Nos anos 30 está no seu auge.
Em 1931 é considerada o maior cérebro que a moda conheceu.
A morte de Paulo Iribe, em 1935, na altura seu amante, coincide com o início dos seus problemas. Sofre uma greve geral por não dar os direitos mínimos ás empregadas.
Em 1939 mal a guerra começou, fechou a sua casa, partilhando a sua vida com um oficial nazi. Quando acabou a guerra exilou-se na Suíça.

Regressa com 71 anos determinada a vencer os homens da moda, foi um fiasco.
Mas em menos de um ano volta á ribalta.
Morreu com 84 anos.