terça-feira, março 5



Há tanto desnorte neste mundo.

E depois são presas fáceis dos predadores. Há momentos em que não quero ser visto, nem compreendido. Por vezes sinto que não tenho razão de ser, nem para ser. Não peço muito, só quero acabar, tenho vergonha deste rumo a que o mundo está a tomar.



Sei que não são fáceis as relações com os outros, há demasiada gente inebriada, ciosa dos seu arbítrios, reclamando tudo em seu proveito, e não dando nada. Gostam de se saciar com a carne dos outros.

Tolerante e céptico lá vou sobrevivendo neste mundo cruel, nesta teia mais do que emaranhada de interesses contraditórios e vaidades sem nexo.



Eu esgoto-me no único compromisso que assumo na vida, o respeito pela natureza humana. Se calhar sou uma espécie em vias de extinção.

Demasiadas vezes sou esbofeteado pela maldade que vejo nos outros. Mas aprendi que uma vida não se esvai no sofrimento, e o que eu tenho perdoado nesta vida… Posso-vos desafiar o meu rosário de insucessos, são tantos e tão descarados, que vos iriam espantar. Mas sei que a minha missão neste mundo tem sentido, e é possível.

1 comentário:

Sergio disse...

Lindo texto, eu sinto o mesmo. Mas ha algo que me reconforta: o olhar para tras e ver que fiz o bem e o olhar para a frente com a certeza que continuarei a faze-Lo. Porque a felicidade se encontra mais dentro de nos mesmos do que nos outros. As circunstancias mudam muito na vida. E nos nao podemos ser refens delas. Assim, faz o teu caminho, com os teus valores, e nao te arrependas. Se fores bom para ti e para outros, verdadeiros amigos ( e verdadeiros amores) aparecerao.