As televisões mostram famílias que não existem.
Maridos e mulheres heteros felizes a tomarem
pequenos-almoços em família com calma, com tempo para lavar e arrumar aquela
mesa e lavar aquela loiça toda.
Eu consigo beber uma caneca de leite com café, umas sandes e
um iogurte, e é um pau…
Eu gosto do prazer pelo prazer, sem remorsos, culpas, dor,
custo, esforço ou tensão.
No fim somos uns acomodados, que preferimos que os outros
façam as coisas por nós. Queixam-se, mas depois não actuam, colocando-se ás
cavalitas de quem o faz.
E quando um gajo “mete uma coisa na cabeça”… Eu por mim só
champô e um gorro quando está muito frio. Nunca fui de “ideias fixas”, prefiro
as flexíveis.
Se toda a gente gostasse mais de si próprios, seriam menos
infelizes. E eu sinto que cada vez ganho mais nas comparações.
Eu pessoalmente tenho ideias para meter coisas nas cabeças
das pessoas, a começar pela inteligência.
Não há nada que mais dê gozo a um tuga do que exercer poder
sobre os outros, por mais pequeno que seja. Muitas vezes nem sabemos
defini-los, mas reconhecemo-los quando somos vítimas deles.
São o espelho perfeito do Portugal medíocre e moderno,
ostentivo, inútil, ineficiente. E papam tudo o que lhes impigem.
E vivem para infernizar a vida dos outros. E descarregam
sobre nós as suas frustrações pessoais.
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