sexta-feira, março 15


As televisões mostram famílias que não existem.
Maridos e mulheres heteros felizes a tomarem pequenos-almoços em família com calma, com tempo para lavar e arrumar aquela mesa e lavar aquela loiça toda.
Eu consigo beber uma caneca de leite com café, umas sandes e um iogurte, e é um pau…

Eu gosto do prazer pelo prazer, sem remorsos, culpas, dor, custo, esforço ou tensão.
No fim somos uns acomodados, que preferimos que os outros façam as coisas por nós. Queixam-se, mas depois não actuam, colocando-se ás cavalitas de quem o faz.
E quando um gajo “mete uma coisa na cabeça”… Eu por mim só champô e um gorro quando está muito frio. Nunca fui de “ideias fixas”, prefiro as flexíveis.
Se toda a gente gostasse mais de si próprios, seriam menos infelizes. E eu sinto que cada vez ganho mais nas comparações.
Eu pessoalmente tenho ideias para meter coisas nas cabeças das pessoas, a começar pela inteligência.

Não há nada que mais dê gozo a um tuga do que exercer poder sobre os outros, por mais pequeno que seja. Muitas vezes nem sabemos defini-los, mas reconhecemo-los quando somos vítimas deles.
São o espelho perfeito do Portugal medíocre e moderno, ostentivo, inútil, ineficiente. E papam tudo o que lhes impigem.
E vivem para infernizar a vida dos outros. E descarregam sobre nós as suas frustrações pessoais. 

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