Toda a gente sabe, pelo menos devia saber, que a criança é
toda emoção, e que os actos que se tem com elas, vão definir a sua inteligência
emocional para o resto da vida.
Por isso devem imaginar a luta daqueles que sobrevivem a famílias
disfuncionais.
Toda a criança tem necessidade de se sentir em família, é
uma forma de se sentir segura, ganhar confiança, aqueles que não tem essa
sorte, ficam órfãos, sem o ser.
E a luta é muito grande, pois nem sequer tem a oportunidade
de serem adoptados por uma família que os ame. É um beco sem saída, em que
voltar para trás é impossível.
Existe uma tendência para se educar uma criança a ser adulto
demasiado cedo, ou então negligenciar a criança de todo. Tanto um como outro
comportamento são perniciosos.
Tantos egos são destruídos na infância, que fazem adultos
inseguros e infelizes.
Sentirmo-nos desconfortáveis com o mundo e conosco é uma vitória
pessoal, difícil. Quem ouve toda a sua infância e adolescência de que não
presta vive sempre com dúvidas de si mesmo, das suas capacidades, do seu valor.
E tudo o que faça vai sempre parecer-lhe pouco, insuficiente, banal, e
viverá sempre amargurado e insatisfeito
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