terça-feira, março 4

Um dos filmes da minha vida é Quatro Casamentos e Um Funeral, por diversas razões. Primeiro por ser uma comédia deliciosa, com um humor britânico subtil mas acutilante, numa história de histórias de pessoas.
Os casamentos e funerais são acontecimentos marcantes nas vidas das pessoas, e sempre momentos de comédias e tragédias.
As personagens são deliciosas nos seus detalhes a loucuras que envolvem especialmente os casamentos. As cenas são tantas e hilariantes.
Os actores são soberbos, Hugh Grant no seu melhor papel de sempre, Andie MacDowel linda e adorável, comandam um fabuloso elenco muito bem dirigido.

Mas o facto mais marcante no filme é que o único casal que é realmente um casal estável, e com uma história de amor calmo e simples, são exactamente aqueles que não o podiam fazer, o casal gay , e que no fim acabam por se separar por morte de um, exactamente no decorrer de um casamento. Irónico e simbólico.
A personagem principal podia mas não o queria fazer, os que desejavam não o podiam.
Matthew e Gareth eram os mais humanos e atentos, os mais dedicados, e eram amados, traziam alegria aos seus amigos, eram o casal do grupo de solteirões.

Felizmente hoje em alguns países, incluindo Portugal, podem-se casar casais do mesmo sexo. Penso que demos uma boa prenda ás futuras gerações.
No fim eles eram uma família, uma família de amigos, tontos, loucos, desesperados, neuróticos, mas que se amavam e completavam.
Assim é a minha família de amigos.
E no filme quem descreve perfeitamente o que deve ser o casamento é Gareth, o viúvo gay, é ele o padrinho de Charles.
E o mais bonito do filme é que os outros não se importam que Matthew e Gareth sejam gays. E eles são retratados sem os tiques estereotipados.
Não acredito no amor á primeira vista, mas a história é muito bonita!


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