São os pequenos gestos e actos que traem as pessoas.
E isto independentemente de serem boas ou más personagens.
Nunca gostei de me sentir a mais, tenho sempre medo de estar
a abusar e por isso afasto-me muitas vezes das pessoas.
O que me faz acreditar nas pessoas?
Não o que dizem, por mais que me pareça lógico e me faça
sentido, mas o que ele faz nas suas acções, os seus gestos para com os outros.
E claro que isso não se vê no Facebook ou noutros meios
sociais.
Eu creio nos outros mas com provas de que são merecedores de
crédito, e com actos pois palavras leva-as os ventos.
Sou de elogios sinceros não de lisonjas enjoativas. O medíocre
usa sempre esquemas para se pôr em bicos de pés, e acham que estão sempre
certos, porque nem percebem que o são.
Quando somos adultos há uma certa contenção nas escolhas. Acho
piada ás pessoas que choram os mortos e dizem o que desejavam ter feito
enquanto os outros eram vivos. Uma regada hipocrisia.
Há gente tão arrogante que pensa que não têm de justificar
os seus actos.
Nunca fui um gajo de respeitar os códigos, os únicos que
respeito é os meus morais, principalmente o direito á vida.
E como se pode ter uma relação douradora com pessoas que não
acreditam em ti, nem nas tuas convicções?
No fundo não tenho muitas defesas faltam-me umas Linhas de
Torres, que vão sendo os meus amigos. As minhas relações afectuosas só são frutíferas
com pessoas livres e com boas cabeças. Mesmo aqueles que já saíram da minha
vida, mesmo os que me magoaram.
Não se pode apagar um amor que aconteceu, pois não?
Estupidamente as pessoas associam idade a decadência, eu por
mim o que me atrai é o olhar, o tom da voz, o sorriso, a inteligência, o
sentido de humor e a maneira como tratam os outros, todos.
Não perdoo a traição, a violência, a mentira. Uma má
personalidade numa cara bonita estraga tudo.
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