Eu sou a favor do feminismo, e da liberdade sexual da
mulher. E acho que ela tem tanto direito a sair á noite para ter uma boa foda,
como o homem.
Mas isto de agora não haver revista feminina que não dê
dicas sobre sexo é demais, nem a “cândida” Maria escapa. Chega a ser
pornográfico.
Não sou pudico, aquilo que já fiz em privado e em publico, e
o que ainda pretendo fazer, dava para uma seria de bons filmes pornográficos,
bem hard-cores.
Sempre encarei o sexo de uma forma saudável e sem tabus, e
sempre achei que o que nos dá prazer não deve ser encarado com culpas. Faço o
que me dá prazer a mim, e aos outros, mas ainda tenho os meus limites.
Mas a sensação que me dão essas revistas é que são escritas
por um bando de tarados, ou então pensam que as mulheres são todas umas gandas
malucas, umas predadoras sexuais, que usam sempre lingeries sexys, e com
sex-toys nas malas, ou nos sacos das compras.
Ou seja, tomam as mulheres por homens, e depois dá para o
torto.
Nas revistas femininas as mulheres só pesam em moda, compras
e sexo.
Ah! E nunca tem dores de cabeça e artroses.
Os homens portugueses devem ter mesmo azar porque raramente
encontram este tipo de mulheres…
Outra coisa que me anda a fazer borbulhas no cérebro são as
clínicas de depilação, nascem como ervas daninhas. Agora que ser peludo está na
moda querem depilar-nos a todos?
Passei a vida a tentar encaixar-me na sociedade, sem
violentar a minha identidade, e agora tenho de mudar para agradar aos outros?
Muitos fazem isso e caem no maior erro das suas vidas.
Sempre vivi segundo o meu código de conduta, que nunca foi,
e espero nunca será rígido. Tento ser justo, sincero (muito difícil), generoso
e bondoso (para os que merecem, porque se abusam eu não sou bom de “assoar”).
Pergunto-me muitas vezes o que ando cá a fazer neste mundo,
por vezes os meus amigos, o seu sorriso, o seu carinho e afectos dão-me a
resposta.
Claro que tenho as minhas idiossincrasias, mas gosto de
relações fortes e sadias, sem complexos e medos, e isso hoje é difícil, pois a
maioria das pessoas são egoístas e materialistas, desconfiadas e medrosas,
arrogantes e muitas vezes desprovidas de inteligência. Por isso eu assusto
tantos com a minha forma de estar na vida, com os afectos com que brindo as
pessoas que amo e respeito, mesmo que por vezes eu lhes passe despercebido ou
menor aos seus olhos.
Se tantos soubessem o quanto lhes quero bem…
Mas graças a Deus há excepções, e alguns deixarem-me entrar
nas suas vidas, e eu tive o cuidado de os não deixar fugir, de os acolher e
manter na minha vida, porque não sou parvo (embora não seja a opinião geral).