A intimidade, esse monstro de sete cabeças.
Muita gente pergunta-se porque razão os relacionamentos
nunca funcionam, terminam abruptamente ou acabarem sempre sozinhos.
Ninguém pede que as pessoas mudem por causa dos outros, o
que não é algo de errado, mas que não deve ser forçado. Fazer cedências e
partilhar a intimidade não são fraquezas, nem derrotas pessoais, mas sim um
investimento, e como em todos os investimentos há riscos.
Não há mal nenhum em evidenciar-mos os nossos aspectos mais
apelativos para conquistar os outros, e isso inclui os físicos.
Primeiro tem de se estabelecer o que se quer de uma relação,
e de um parceiro, e não custa nada saber os interesses e gostos do parceiro, e
partilhá-los.
Mas o mais importante é saber o que não queremos numa relação.
Andarmos ansiosos, sermos preteridos por outros interesses,
lutas de egos, falta de dignidade, são coisas a evitar. E aqui deve-se confiar
nos nossos instintos.
Esperar também pode ser uma boa escolha, a precipitação é
sempre uma má conselheira.
Lá porque uma pessoa nos desperta o libido, e nos dá vontade
de esfregar uns soalhos com ele, não quer dizer que é a pessoa certa.
E cuidado com aquelas pessoas que são “diferentes” quando
estão conosco.
Mudarem-se para casa um do outro logo ao fim de 15 dias, é
uma má escolha, tal como mudar o nosso estilo (vestuário, comportamento,
amigos, hobbies, etc.), por causa do parceiro. Se ele te conheceu assim e
gostou de ti, porque raio hás-de mudar?
E quando isto se torna um medo, então é caso muito grave.
E meus amigos, aquele namorado ou companheiro que liga a
toda a hora para saber de ti? HUM! Olhem que isso não me parece amor, parece-me
mais desconfiança.
E o mesmo funciona em inverso, não sufoques o teu amado, ele
vai acabar por fugir…