Sexo e sons.
Não falo só de gemidos, ou de palavras “porcas”.
Ponho o porcas entre parêntesis porque não sei porque lhe dão
o nome dos suínos fêmeas (e tinham logo que dar o lugar á fêmea, o pecado mora sempre
ao lado…).
O que se diz num acto sexual é como em tudo na vida, há
coisas de bom e mau gosto, e isto varia de pessoas para pessoa.
Eu por mim gosto de saber que estou a dar prazer ao meu, ou
aos meus, parceiros. E quanto a gemidos há quem nos faça vir só por eles…
Mas também já houve quem me tirasse o tesão por falar
demais, ou dizer algo rude ou a despropósito.
Também já me fizeram rir, o que para mim também é afrodisíaco,
aliás nada mais afrodisíaco que alguém inteligente e que nos faça rir.
Uma vez estive com um gajo, daqueles que tu pensas “como é
que eu consegui um gajo destes”, embora na altura em praticava remo, e era fácil
ter corpinhos danone. O matulão, bem saudável de corpo, e a criatura passou
mais de meia-hora a explicar o sexo oral que me fazia. Claro que deu mau
resultado, não há libido que resista, o dito murchou e nada houve mais que o ressuscitasse.
Não lhe disseram que não se fala com a boca cheia, é rude!
Também os sons que vêm acompanhados com odores não são lá
muito sexys, e depois de dizerem que “é natural, faz bem libertar”, pois que os
libertem em privado, a minha vontade é libertar um HI5 na tromba deles.
Porque sempre me esforcei por isso, e porque não sou egoísta,
nem rude, elogios sempre os tive, e os mais inesperados são os que sabem
melhor. Ouvir alguém ofegante dizer-nos no ouvido “foda-se tu és mesmo bom”, dá-me
vontade de continuar o dia inteiro no “dá-lhe-que-dá-lhe”
E depois o próprio engate, a conversa antes, se for
inteligente e divertida, estimula-me. Um belo sorriso é o maior dos afrodisíacos
para mim. E o depois do sexo, aquela conversa íntima e desapoderada, é muito
gratificante.
E depois nunca se
pergunta “gostastes?”, ou “foi bom?”
Se foi bom ele vai-te dizer ou demonstrar. Essa atitude
demonstra insegurança.
E se há coisa em que não sou inseguro é no sexo.
Sem comentários:
Enviar um comentário