quarta-feira, maio 18

Amo unicamente os meus amigos, é a única espécie de amor que conheço, e em que eu acredito, é o amor das pessoas.

Estou finalmente convencido de que uma existência humana decente não é possivel hoje, senão á margem da sociedade.
Eu por mim levo o maor e a amizade até ao fim de vida. Não faço batota, não sou dissimulado, não me aproveito dos meus amigos. Eles fazem-me falta, muita, mas não imponho a minha presença a eles. Quero que eles estejam comigo, sintam desejo de estar comigo, quando lhes apeteçe, não porque eu precise deles e me imponha. Não lhes quero causar esse dano, nem a eles nem á amizade que nos une.
Quando perdemos a vontade de fazer batota, levamos com um murro no nariz.
Toda a minha vida está nos meus amigos, mas eu nunca os poderei possuir, não seria justo para eles. Eles sim podem-me possuir, sou deles, estou para eles. Mas o contrário não.
Aprendi a dar muito de mim e a esperar pouco dos outros. É a minha forma de não me magoar tanto, não sou masoquista. Sofro sim, mas não por minha vontade, apenas porque não posso passar ao lado das minhas angustias, e nem das dos outros.
O sofrimento de ser diferente foi a minha formação. A falta de amor e carinho de meu pais, somando ás torturas que era sujeito pela minha mãe, fizeram o resto.
Sou as minhas contradições, os meus medos e as minhas inseguranças.
Mas os meus amigos não tem de levar com isto, por isso tento não falar nisso, embora muitas vezes me escape alguma coisa.

No fim sou um gajo chato…

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