Também conhecida por excisão dos genitais femininos, operação, sunna, circuncisão feminina, corte dos genitais femininos, fanado, circuncisão faraónica.
Prática tradicional nefasta, a mutilação genital feminina consiste na realização de diferentes tipos de cortes da vagina/vulva das meninas, raparigas ou mulheres por motivos religiosos e culturais.
Envolvem a remoção total ou parcial dos órgãos genitais femininos, o que provoca lesões físicas e psicológicas.
É principalmente realizado no continente africano.
Não existem procedimentos médicos para tal, pois a sua prática é considerada crime nos países civilizados.
Provocam a nível de saúde das mulheres:
- Dor intensa devido ao corte de terminações nervosas e tecido genital
- Sangramento excessivo e choque séptico
- Dificuldade na eliminação de urina e fezes
- Infecções sexualmente transmissíveis como hepatites B e C e HIV/SIDA.
- Morte por hemorragia e infecções diversas, incluindo tétano
- Dor crónica
- Infecções urinárias e do aparelho reprodutivo
- Cicatrizes dolorosas
- Vulnerabilidade a doenças infecciosas
- Complicações no parto e morte dos bebés
- Medo e receio de ter relações sexuais
- Ansiedade e depressão
- Perturbações como insónias, pesadelos, perda de apetite, perda de peso, ganho de peso excessivo, pânico, dificuldades de concentração e aprendizagem, perda de memória e perda de prazer sexual.
A excisão dos genitais femininos não tem qualquer origem religiosa, mas existe em grupos cristãos, muçulmanos, judeus, animistas e ateístas.
É crime em Portugal e em muitos países civilizados e punido com o Artigo 144º do Código Penal - Ofensa à Integridade Física Grave, mesmo quando realizada fora do território nacional.
O regresso, visita ou férias a muitos países de origem podem revelar-se um risco para as miúdas, jovens e mulheres, e até mesmo em Portugal em certas comunidades.
- Comunique e explique à sua família e pessoas amigas os perigos da excisão
- Explique aos outros os riscos de tal prática
- Se tem conhecimento que alguém pode estar em risco, comunique às autoridades
Este assunto não diz só respeito às mulheres, a TODOS, sem excepção, todos temos direito ao prazer sexual, e a não ser posto em risco.