quarta-feira, setembro 23




Cada vez mais me chateia a degradação do serviço dito “de qualidade” da Fertagus e publicitado em lindos cartazes nos seus comboios, com notas altas.
Estes inquéritos devem ser feitos fora das horas de ponta do serviço e/ou aos seus funcionários e respectivas famílias, pois eu utilizo o serviço há 9 anos e a mim nunca me fizeram tal inquérito, nem nunca vi fazerem a alguém…

Os atrasos e avarias dos comboios tem sido constantes, a segurança nos comboios deve ser uma miragem, embora digam que os senhores agentes da Fertagus podem agir como agentes de autoridade, nunca vi nenhum, que confrontado com práticas contrárias às “leis da Fertagus”, amplamente expostas nos seus comboios, aja em conformidade para impedir tais (desde a proibição de se sentarem nas escadas a colocar os presuntos nos bancos e muito mais).
A única acção que os vejo fazer é abrir e fechar portas, fiscalizarem, e mal os utentes, e namorarem uns com os outros e/ou com os seguranças (às vezes é lindo ver como são unidos tal é o numero de aglomerados que eles fazem, tal qual bandos de gaivotas, enquanto os utentes se desunham a lutar contra as portas das estações, escadas rolantes, elevadores e WC frequentemente avariadas)

Os utentes que utilizam passes combinados com os TST, são obrigados a estar em longas esperas para renovarem as assinaturas, pois as máquinas de venda automáticas não os fornecem, e ainda tiveram o descaramento de, enquanto algumas bilheteiras estiveram em reconversão (pena o mesmo não ter acontecido a alguns funcionários), não reforçaram o serviço nas que estavam abertas. Aliás as esperas de mais de meia hora nas bilheteiras são frequentes a qualquer altura do mês (aconteceu-me neste dia 21 de Setembro), pois as assinaturas duram 30 dias (mais um roubo aos consumidores pois apenas 5 dos 12 meses do ano não têm 31 dias), ou seja por ano são 7 dias a menos.

Outro aspecto a lamentar é os serviços não estarem ajustados às necessidades dos utentes. Por exemplo o comboio que passa às 8.49 na estação do Pragal em direcção a Lisboa tem 4 carruagens, o que frequentemente faz com que os que conseguem, com muito empurrão e algumas nódoas negras, entrar, venham a viagem até Lisboa a pedir a Deus que o comboio não pare entre as estações, pois vêem a sufocar o caminho todo, espremidos e a levar com o sovaco alheio, e os outros ficam na estação a “ver o comboio passar” e tem de esperar mais 10 minutos e um possível atraso para o emprego ou ligação a outros transportes.
Ora se os anteriores comboios são de 8 carruagens, porque razão este é de 4? Ah e os seguintes também são de 8.
E isto aconteceu-me, também, no Dia Europeu sem Carros, ou seja um bom incentivo para voltar a usá-lo…

A Fertagus não tem desculpa. Os seus preços são mais caros de que o serviço da CP (que tem melhorado muito), aliás são dos mais caros de todo o país, e não me venham dizer que o serviço é de qualidade.
Nem se compreende porque razão o serviço acaba às 01.27 aos dias úteis e 00.42 nos fins-de-semana, quando muita gente vem para Lisboa à noite, nem só para se divertir, mas também para trabalhar.
Aliás um serviço que liga duas capitais de distrito importantes, uma delas capital de Portugal e vários concelhos da grande área metropolitana de Lisboa (a mais populosa do país), devia ter pelo menos um comboio por hora durante toda a noite. Pena que o bom exemplo da Carris não tenha seguidores…

Ah e já agora, não sei se eles sabem que um dos meios eficazes de prevenção do H1N1 é ter sabão nas casas de banho…

Não sou daqueles “chatos” que reclama e nada faz, não sou um sujeito amargurado com a vida, amo o meu país e o seu povo, a que pertenço, e penso que todos podemos ajudar as coisas a melhorarem, e ainda tenho o sonho de que um dia seremos um povo olhado novamente como exemplo para o mundo, como o já fomos anteriormente.

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