Já tirei as dúvidas acerca do F.R.
É mesmo convencido, e por mais lindo que seja, não tenho paciência para pessoas que pensam que são mais do que os outros. Realmente abomino esse comportamento.
Mas infelizmente é o que temos mais por ai, e não me digam que às vezes é uma defesa, ter cautela não significa ser rude ou mal-educado.
Já não sou nenhuma criança, e não me comporto como tal. E depois se acham que a beleza lhes dura sempre, que lhes faça bom proveito, bem gostaria de ter um “corpinho danone”, mas prefiro ter inteligência e humildade, coragem e tolerância, do que uma embalagem muito bonita e sem conteúdo por dentro.
É tipo linha “rien”, é tão light, tão light, que não tem nada dentro e assim emagrece.

Ando nostálgico, o estágio está a acabar e não vejo saída para esta minha crise.

Tanto a nível pessoal como profissional, isto vai mal. E depois vingo-me a comer…

O que vale é que vou rever os meus amigos e ex-colegas na sexta-feira, claro que são aqueles que são amigos, não todos os ex-colegas.
Mas isso já eu sabia de antemão. A maioria deles não iriam ficar meus amigos, e não foi por eu não o tentar, mas sou bom mas não sou parvo (embora muita gente pense que bondade seja fraqueza)
Por isso logo que fui eleito Delegado de Turma, tratei de expor a minha homossexualidade, para não ver equívocos, e para saber quem realmente servia para meu amigo (pois nem toda a gente me serve)
E depois também acho que com a minha conduta, sou exemplo de que nem todos os gays são bichas ou efeminados, mesmo sendo, como eu, mais passivos que activos.

Mas isto da amizade é engraçado.
Adoro aquelas pessoas que se dizem nossas amigas, elas é tanta demonstração, tanto açúcar, que até temos medos de ficar diabéticos, mas depois espremendo tudo, não nos dão nada em troca, só nos chulam. E depois ainda pensam que nós não percebemos e não entendem que se nós as aturamos é por somos bondosos e não estamos para as odiar.

Mas aqueles verdadeiros AMIGOS, ah! Isso sim, são o meu maior orgulho, são tudo para mim, são o meu sol que ilumina a minha vida, e a minha terra onde estou com os pés bem assentes, e a minha lua em dias escuros onde preciso de guia.
Amo-os acima de todas as minhas forças e agradeço-lhes a bondade de me terem acolhido como amigos.

E quando perco uma amizade, é como se morresse uma pessoa.

E tenho de fazer o luto…

Hoje soube que as minhas hipóteses de ficar na empresa onde estou a estagiar são praticamente nulas. Não porque não gostem do meu trabalho (acho que dou muito bem conta do recado e até têm ficado surpreendidos com a minha diligência e capacidade), até gostavam que ficasse mais tempo a estagiar, mas a empresa não aceita um estágio de Qualificação-Emprego, pago pelo estado, por causa de algumas obrigações a que eles não se querem sujeitar. Nem com o Estado a pagar o estágio! E precisam desesperadamente de um colaborador…
Ou seja é como aqueles país que preferem não receber o Rendimento Social de Inserção porque não querem ser obrigados a dar banho aos filhos e a mandá-los para a escola.

Isto quer dizer que lá para meio do mês que vem vou deixar de ver os “sex-bombs” F.R., H. e Apolo, com muita pena minha, que isto tem sido um lavar de vista que até acho que perdi algumas dioptrias.
A vida não é justa, mas enfim temos de nos habituar a isso.

E lá volto ás estatísticas dos desempregados qualificados…

Cada vez mais me chateia a degradação do serviço dito “de qualidade” da Fertagus e publicitado em lindos cartazes nos seus comboios, com notas altas.
Estes inquéritos devem ser feitos fora das horas de ponta do serviço e/ou aos seus funcionários e respectivas famílias, pois eu utilizo o serviço há 9 anos e a mim nunca me fizeram tal inquérito, nem nunca vi fazerem a alguém…

Os atrasos e avarias dos comboios tem sido constantes, a segurança nos comboios deve ser uma miragem, embora digam que os senhores agentes da Fertagus podem agir como agentes de autoridade, nunca vi nenhum, que confrontado com práticas contrárias às “leis da Fertagus”, amplamente expostas nos seus comboios, aja em conformidade para impedir tais (desde a proibição de se sentarem nas escadas a colocar os presuntos nos bancos e muito mais).
A única acção que os vejo fazer é abrir e fechar portas, fiscalizarem, e mal os utentes, e namorarem uns com os outros e/ou com os seguranças (às vezes é lindo ver como são unidos tal é o numero de aglomerados que eles fazem, tal qual bandos de gaivotas, enquanto os utentes se desunham a lutar contra as portas das estações, escadas rolantes, elevadores e WC frequentemente avariadas)

Os utentes que utilizam passes combinados com os TST, são obrigados a estar em longas esperas para renovarem as assinaturas, pois as máquinas de venda automáticas não os fornecem, e ainda tiveram o descaramento de, enquanto algumas bilheteiras estiveram em reconversão (pena o mesmo não ter acontecido a alguns funcionários), não reforçaram o serviço nas que estavam abertas. Aliás as esperas de mais de meia hora nas bilheteiras são frequentes a qualquer altura do mês (aconteceu-me neste dia 21 de Setembro), pois as assinaturas duram 30 dias (mais um roubo aos consumidores pois apenas 5 dos 12 meses do ano não têm 31 dias), ou seja por ano são 7 dias a menos.

Outro aspecto a lamentar é os serviços não estarem ajustados às necessidades dos utentes. Por exemplo o comboio que passa às 8.49 na estação do Pragal em direcção a Lisboa tem 4 carruagens, o que frequentemente faz com que os que conseguem, com muito empurrão e algumas nódoas negras, entrar, venham a viagem até Lisboa a pedir a Deus que o comboio não pare entre as estações, pois vêem a sufocar o caminho todo, espremidos e a levar com o sovaco alheio, e os outros ficam na estação a “ver o comboio passar” e tem de esperar mais 10 minutos e um possível atraso para o emprego ou ligação a outros transportes.
Ora se os anteriores comboios são de 8 carruagens, porque razão este é de 4? Ah e os seguintes também são de 8.
E isto aconteceu-me, também, no Dia Europeu sem Carros, ou seja um bom incentivo para voltar a usá-lo…

A Fertagus não tem desculpa. Os seus preços são mais caros de que o serviço da CP (que tem melhorado muito), aliás são dos mais caros de todo o país, e não me venham dizer que o serviço é de qualidade.
Nem se compreende porque razão o serviço acaba às 01.27 aos dias úteis e 00.42 nos fins-de-semana, quando muita gente vem para Lisboa à noite, nem só para se divertir, mas também para trabalhar.
Aliás um serviço que liga duas capitais de distrito importantes, uma delas capital de Portugal e vários concelhos da grande área metropolitana de Lisboa (a mais populosa do país), devia ter pelo menos um comboio por hora durante toda a noite. Pena que o bom exemplo da Carris não tenha seguidores…

Ah e já agora, não sei se eles sabem que um dos meios eficazes de prevenção do H1N1 é ter sabão nas casas de banho…

Não sou daqueles “chatos” que reclama e nada faz, não sou um sujeito amargurado com a vida, amo o meu país e o seu povo, a que pertenço, e penso que todos podemos ajudar as coisas a melhorarem, e ainda tenho o sonho de que um dia seremos um povo olhado novamente como exemplo para o mundo, como o já fomos anteriormente.

Mais um fim-de-semana se passou
Sexta-feira estava com a neura e fui à sauna da Rua do Salitre (não me perguntem nomes de saunas que eu nunca sei), mas não foi assim muito recompensador. Não que não fosse solicitado, mas por gente que parecia (desculpem o desabafo) não ter os 5 alqueires bem medidos.
Depois fui ao bar da ILGA onde estive na companhia de 2 amigas que prezo muito e falámos acerca dos nossos estágios, o dela está a correr bem e querem que ela lá fique a trabalhar. Uma boa noticia, pois a alegria dos meus amigos é a minha.

Na quinta feira fiquei a saber que dois “piquenos” foram apanhados a divertirem-se com as suas “farfalota-pimpinelas” numa das muitas casas de banho da empresa, coisa que foi logo divulgada pela senhora da limpeza que os apanhou, e desde logo tratou de espalhar pela empresa.
O bom de trabalhar numa empresa grande, é que se pode lavar a vista com os pedaços de mau caminho que aqui trabalham.
Existem 3 que me enchem as medidas, e engraçado, não estão dentro da minha faixa etária favorita, que são os maduros.

O F.R. é um macho de 26 anos que é “pobre de bom” e trabalha no meu piso. È um metrosexual, daqueles que vai 2 vezes por dia ao ginásio, usa cremes e depiladoras e veste com classe. Tem charme e usa-o e abusa. Já a conversa ainda não deu para perceber se é loiro ou disfarça bem…
Ao princípio passava por mim e nem me falava, vinha à minha secção e falava com todos (ele é muito apreciado pelos colegas, pelo menos é o que me dizem, mas por outro lado criticam-no pela demasiada importância que ele dá à beleza, deve ser inveja…) e eu é como se fosse uma parede. A partir de quinta deu-me um aperto de mão e sexta veio sentar-se na “nossa” mesa (e a conversa não correspondeu à beleza, não que ele falasse comigo, eu mantive-me na retranca, que tenho espelhos em casa e depois da última experiência no trabalho, fecha-te em copas, João, que o seguro morreu de velho).

O H é também da casa dos 20/30, bonito de cara e corpo e muito extrovertido, tem trato agradável e parece ser simpático e afável.

O outro é um dos informáticos da empresa, quando o vi pela primeira vez, o Adónis (não sei o nome dele, por isso posso tratá-lo assim), fiquei boquiaberto. Ele é todo bom e lindo de morrer, nada do estilo dos informáticos que geralmente vemos. Até pensei que ele era um dos trabalhadores dos armazéns, só quando ele começou a mexer no meu computador é que entendi que era o informático que vinha resolver o meu problema, informático. Eu é que lhe fazia cá um download…

Engraçado, sem graça nenhuma, trabalhar num sitio onde todos são uns grandes machões e os gays são ridicularizados e a conversa vai sempre para o sexo, com requintes de deboche e pordinariçes do mais baixo que se pode adivinhar.

Depois dizem que os gays é que são depravados e promíscuos.

No fundo acho que os hetero tem inveja por os gays terem sexo com facilidade e com muita frequência, aliás o mesmo aconteçe com as mulheres que se tem sexo à farta são logo apelidadas de putas.

Já não estava habituado a este ambiente de "fodilhões com mulheres em casa cheias de fome", ou não, se calhar outro anda a aproveitar-se do que eles não comem.

E o que mais me choca são aqueles cujo sabão não passa pelo corpo há mias de 2 décadas, ou aqueles velhos "babosos" que não podem ver um centimetro de siais que vem logo com alarvidades e babam-se que parecem uns atarsados mentais.

Já não tava habituado...

Passaram 8 anos sobre o 11 de Setembro e lembro-me perfeitamente desse dia.

Estava de férias em Felgueiras e estava a almoçar num restaurante quando a Judite de Sousa começou a dar as noticias do embate do 1º avião no World Trade Center

Numa mesa um grupo de "inteligentes nacionais" riam-se da cena e eu só tentava perceber que avião era aquele, se estava alguém nos edificios, o que se passava...

Depois foi o segundo embate e todos percebemos que algo de anormal se passava, e com o decorrer dos acontecimentos, senti que aquele era um dia que ia ficar na minha memória e na história da humanidade.

Chorei pelos que morreram, como hoje ainda chorei a ver um documentário no Odisseia sobre os bombeiros que tiverem que actuar naquele dia fatidico.

Não quero esqueçer, nem que seja em memória daqueles inocentes que morreram em vão, numa luta que não faz sentido...

Não os podemos esqueçer

NUNCA!

Mais um domingo e mais uma ida à praia, pois agora todas as idas podem ser as ultimas do ano e o tempo pode mudar de um dia para o outro...

Desta vez desde um que parecia que a beijar estava a mamar numa teta, até dois que pareceiam estar ali por obrigação, apanhei de tudo. Menos gente, mas gente agradável....

O segundo que me tocou foi uma maravilha, aspecto bem macho, bem peludo e safadão, fodia como um coelho e foi maravilhoso.

Agora faz-me confusão aqueles que fazem perguntas sobre de onde somos, onde moramos, se moramos sozinhos..., ora bolas querem lá ir a casa?

Quanto ao estágio, ambiente homofobo (para variar), mas desta vez vou-me fechar em copas pois embora ache que não vou ter sorte em ficar, para ser mandado embora por ser gay já me basta o último emprego...