quarta-feira, julho 24

O mundo não anda mal
Anda é em más companhias.

Participei ontem na contra-vigilia á vigília da senhora dona Isilda Pegado e enraivecidos acólitos, a favor das famílias tradicionais, e contra os gays, esses depravados e comedores de criancinhas.
Não me espantou as presenças, mas as ausências.
Eu sei que é mais fácil andarem no social, nas cadeiras do poder ou na comunicação social, a dizerem que andam a defender os direitos dos outros, quando há alguns que depois fazem o “trabalho braçal”, aquele que suja e dói, e que nunca são homenageados e são sempre dispensáveis (já perdi a inocência há muito, graças a muito sacana), e não me digam que fazerem uma festinha em que tens de levar a comidinha e pagas as bebidas do bar, o que dá lucro a quem organiza, é consolação (sorry, eu avisei que tenho mau feitio…)
Quando me vierem falar na defesa dos direitos da comunidade LGBT, tenham cuidado com o que me vão dizer, pois eu tenho a resposta na ponta da língua.
Mas realmente estranhei e não compreendo a ausência de muitos…

De resto as criaturas estavam “bem” acompanhadas pelos energúmenos do PRD, e os seus capangas, que se entreteram a provocar-nos com insultos, tolerados pela policia, que parecia estar mais preocupada conosco do que com eles, (compreendo, éramos mais giros).
Tudo serviu, imagens sacras, cartazes colocados nas escadarias (a que não tivemos acesso), símbolos nazis e fascistas, cartazes “ não matem a família normal” e “as crianças não são acessórios de moda”, gestos obscenos, insultos, rezas, e até discursos de criancinhas (que segundo um amigo meu me informou hoje, é proibido por lei).
Que bem acompanhados andam a Isilda Pegado, o César da Neves e os seus apoiantes.

Que eu saiba quem usou as crianças nesta situação foram os das famílias “normais”, que até bebés de colo levaram, numa altura em que já deviam estar a dormir, e são eles que os vestem com roupas de marca, como se fossem uns manequins, (para o argumento acessórios de moda, estamos conversados, já para não falar de usarem as crianças nas suas ascensões ao status sociais a que acham ter o direito ou dever a pertencer).

Continuo a perguntar, onde estavam os defensores da co-adopção?
Não compreendo (na minha cabeça estou a tentar arranjar um sinónimo), a poltroneria ou a pusilanimidade de muita gente.





terça-feira, julho 23

O mundo não está perdido
Está histérico.

O Brasil está histérico com o Papa.
Inglaterra está histérica com o bebé real.
A Direita está histérica com a manutenção do poder.
Cavaco está Histérico com Passos e Portas.
Os Mercados estão histéricos com o Cavaco.
Os Sportingistas estão histéricos com um troféu que estava enterrado.
O País está histérico com tanto Festival de Verão.
Angola está histérica em comprar tudo em Portugal.
Os chineses estão histéricos a comprar nacionalidade portuguesa.
Os Egípcios estão histéricos para terem um estado islâmico.
Passos anda histérico para formar governo.
Os Portugueses andam histéricos para arranjar emprego.
Seguro anda histérico para se impor no PS.
Os comentadores televisivos andam histéricos para dar opinião sobre tudo.
O Goucha e a Cristina Ferreira andam sempre histéricos.
Os jornais desportivos andam histéricos com as transferências de jogadores.
Os autarcas corruptos andam histéricos para se recandidatarem.
As revistas andam histéricas com as vidas dos “famosos”.
A Isilda Pelicano e o Marinho Pinto andam histéricos com o lobby gay.
A igreja anda histérica com a berguilha dos padres.
A televisão anda histérica com programas de merda.
A Europa anda histérica com os defics.
A Troika anda histérica com Portugal.
A Alemanha anda histérica para por o sul da Europa pobre e deslocar as fábricas para aproveitar a mão-de-obra barata.

Eu por ando histérico para ganhar o Euromilhões e mandar esta gente toda para a PQP


quarta-feira, julho 17

Não seria o mundo um lugar mas pacifico se não existissem religiões?
Gostaria de ser optimista, mas desconfio que não irei ver melhoras na evolução humana durante o resto que me falta de vida.
No fim vivemos ainda no campo das relações humanas nos temppos medievais.

segunda-feira, julho 15

Imaginem se o povo alemão se tivesse manifestado na rua contra as atrocidades cometidas pelo regime nazi.
Teríamos acabado com uma guerra com mais de 50 milhões de mortos?

Por isso não me venham dizer que o povo é inocente nesta trapalhada em que estamos metidos.
As pessoas queixam-se agora do desastre, que muitos previram, mas que mais se recusaram a ouvir, e muitos menos a acreditar.
Metam a mão na consciência e ponderem.
Os bons valores sempre foram desprezados pelos poderosos, eles esperam que sejamos sempre submissos.
Assustam-me aqueles fervorosos zeladores da lei, da moral, e dos bons costumes. Vêem a vida em códigos de barras, seguem instruções e leis cegamente sem se questionarem, e muito pior, sem pensarem.
Por causa disto muita gente tem sofrido e muitos pago mesmo com a própria vida. E esta gente não tem remorsos de condenarem á miséria e á morte os outros, os milhões de outros, que querem manter estúpidos e incultos, para que eles não percebam que tem o poder se serem em maior número. Biliões de pobres contra uns milhões de ricos, que ainda tem o descaramento de pavonearem a sua riqueza, e hostilizarem-nos.

Todos nós percebemos que no meio desta crise, os únicos que não ficam incólumes são os banqueiros, esses mesmos que nos levaram para esta crise.
Os governos deram-lhes o nosso dinheiro para as mãos, e eles em vez de o aplicar em desenvolver a economia, apoderaram-se dele, como se lhes pertence-se por direito, ou seja mordem a mão que lhes dá de comer, e muito mais do que isso, seja dos depositantes, seja do estado, dos contribuintes.

Isto só lá vai com uma revolução moral.

Expresso as minhas ideias tão quanto a minha liberdade me permite e tenho opiniões (que por vezes mudam), mas não sou ambíguo, não tento esconder aquilo que realmente penso. Não sou hipócrita. E faço auto-critica.

quarta-feira, julho 3

Dizem que o cepticismo é uma coisa de velhos. Devo estar mesmo a ficar velho

Há vários tipos de escravidão. Eu sofro de vários: o da minha orientação sexual, a do meu aspecto físico, o de ser pobre, o de ser honesto e frontal.
Não que me envergonhe de mim. Assim como não me envergonho da maioria das minhas escolhas. Só quero viver com a minha dignidade, tão explorada e por vezes roubada.

Não sou dado á caridade. Porque ela só deve existir onde não há justiça, nem bondade.
Uma das receitas para matar um homem é tirar-lhe a dignidade, e as escravidões são uma maneira.
E na verdade, o que faz um homem?
Não é só ter uma pila pendurada entre as pernas, e comer umas conas. È preciso coragem, inteligência, sensibilidade, carácter, amor á justiça, bondade, respeito pelo próximo e pela liberdade.
E toda a gente sabe que hoje ter estes atributos, é lutar contra a corrente.

Dizem que o cepticismo é uma coisa de velhos. Devo estar mesmo a ficar velho, pois cada vez ando mais descrente no ser humano.
Não vejo nesta malta nova o sangue na guelra, que poderá fazer mudar o mundo para melhor. Mas isso não me espanta, num mundo cada vez mais insensível á miséria e á morte alheia.
E neste mundo quem diz as verdades é perseguido, e por vezes silenciado, até morto.

Poucas pessoas admirei na minha vida. Quem já privou com pessoas do calibre de uma Natália Correia, duma Beatriz Costa e de uma Amália Rodrigues, fica condenado a ser exigente nas escolhas. De ninguém nunca me aproveitei, porque não faz parte do meu carácter. Apenas aprendi o que me ensinaram.

As manifestações não são bem vistas pelo poder, e o nosso governo confia na pacificação dos portugueses.

Mas até quanto sofrimento e repressão vão os portugueses aguentar?

Pegando no tema do pic-nic do Tony Carreira

Pegando no tema do pic-nic do Tony Carreira, e voltando á vaca-fria…

A hipocrisia é um dos mais detestáveis pecados do ser humano.
Desde a Igreja até á politica, ela existe hás carradas.
E o conluio entre as religiões e o poder politico para se aproveitarem dos pobres, vem desde a criação das ditas.
E tornaram Deus, Alá, Maomé, Buda ou lá o que é, num problema, em vez da solução.
Todos proclamam a paz, mas só se guerreiam.

Será legítimo qualquer ignorante opinar sobre tudo? A avaliar pela nossa televisão, é.
No fim quem paga somos nós e quem lucra são os poderosos, loucos por dinheiro e poder, que não se importam de usar estratagemas ilegais, mesmo que sejam criminosos.
E eles não se importam com os milhões de vítimas que provocam com os seus crimes, porque são verdadeiros crimes contra a humanidade, por pura ganância.
Sim porque o que está a acontecer são crimes contra a humanidade, não duvidem. E contra as pessoas honestas, e por isso pobres.
Já todos sabíamos que este liberalismo económico sem regras ia dar para o torto. Mas muitos calaram ou fizeram calar os que avisavam do perigo. Agora esses mesmos que calaram e os que fizeram parte do problema vêem apresentar-se como salvadores da situação.
E os governos deste mundo foram coniventes.

Engraçado como o dinheiro para salvar os bancos aparece rapidamente, mas para ajudar a combater a fome e as doenças tarda em aparecer, ou seja, salvemos a economia mas deixemos morrer os homens.
O meu cérebro á agora muito melhor do que quando era jovem, por isso me julgam mais novo do que realmente sou. (Que assim seja. Cuido agora mais de mim do que antes, mas não por vaidade, mas porque quero manter o máximo de saúde e bem-estar possíveis.) E digo-vos que tudo isto ocorre, ocorreu e ocorrerá por falta de justiça, liberdade, igualdade e solidariedade.
E se se privatizam os lucros, e se nacionalizam os prejuízos, o desastre é eminente e certo. Ou seja ajudam-se mutuamente quem destrói a economia e os povos.

“ E eu pergunto… se já calcularam o número de indivíduos que é forçoso condenar á miséria… para se produzir um rico” – Almeida Garrett (1799-1854)