quarta-feira, junho 29

O meu desejo não arde, e a convivencia contigo modificou-me, sou outro.

O homem cede ao desejo como a nuvem cede ao vento.
Bendito sejam os meus verdadeiros colirio, meus verdadeiros amigos. Vocês domam a minha dor que é um leão que lentamente mordendo me devora o coração, que secam as minhas lágrimas, que choro amargamente, que apagam a dor que indiferente continua…

Quem me agarra o meu corpo? Quem não me deixa morrer por dentro?
São vocês meus amigos, que não me tentam modificar, que não se dão a esse trabalho, que me deixam ser como sou, que não me desprezam, que achas que eu valho alguma coisa.
Não tenho ciumes, nem penas, só tenho coração, só choro quando não estou com vocês, para que não me vejam chorar.
Para mim vocês são a beleza, são as pessoas que eu amo. E eu digo ao vosso amor, que venha, mais cedo ou mais tarde, e que me matem a minha solidão, e me encham de fantasias.
É a vocês que eu conto os meus males, as minahs tristes mágoas, e será por vocês que eu hei-de sofrer, se um dia me deixarem.

E eu pergunto, quanto? Quanto me querem?
No meu coração tão pobre, tudo é revolto, desalinhado, mas ao maor sou cego, eu vejo-o, mas ele ás vezes não me vê.
Mas os amigos não tardam, tem pena de mim, não deixam a minha vida anoitecer.

Que me importa a razão, se só sei  amar e não quero sofrer?
Quando perco um amigo é como se roubassem algo que eu trazia no meu peito.
OS amigos exigem tanto de mim, que se eu endoidecer, ficarei contente porque é para eles que vivo. Se os nossos corpos e mentes se entendem, nada mais nos é preciso.

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