domingo, fevereiro 21


Ontem houve dois acontecimentos que me entristeceram


O primeiro foi a tragédia que se abateu sobre a ilha da Madeira. Um drama que ainda não se sabe bem quais os custos. Só se sabe que quem foi responsável por potenciar tal, nunca vai ser punido, nem responsabilidades vão ser apuradas.

Alberto João Jardim, está feliz por nenhum turista ter sido vitima e por nenhuma unidade hoteleira ter sido atingida. É essa a sua preocupação, e logo pediu aos jornalistas para mascarar as más noticias para o estrangeiro.

Os madeirenses mais uma vez pagaram com a vida a má gestão urbanística da ilha e especialmente do Funchal, de que é responsável Miguel Albuquerque, o presidente da câmara municipal e mais do que todos o próprio chefe do governo regional, o Alberto João Jardim.

Mas eles querem á Carnaval e fogo de artificio, e chular os turistas... E as pilhagens aos bancos e lojas começaram logo pela manhãzinha, e vamos lá pessoal do continente, mandem dinheiro que é preciso apagar os vestígios do que foi mal feito e planeado, que a imagem da ilha paradisíaca é para manter, e os mortos que se lixem, e o povo que vive fora da capital serve mesmo para isso, para cartaz turístico.

Já em 1993 tiveram um aviso, os protagonistas mantiveram-se e o pior aconteceu... para a próxima será pior?


O segundo acontecimento foi a triste manifestação de ódio aos gays que se viu na avenida da Liberdade.

Foram cartazes e palavras de ódio aos gays, disfarçadas de ataque á família "tradicional".

Pelo que vi na manifestação, a família tradicional, que é preciso manter a todo o custo (que tal um auto de fé a queimar gays na porta da Igreja de São Domingos ao Rossio?), a família tradicional comporta, tias beatas mal-fodidas a berrar, motars com cara de quem não vê sabão desde as invasões francesas, atrasados mentais de bíblia, crucifixos e terços em punho e neo-nazis com bandeiras fascistas e saudações nazis e suásticas.

Ali foram, segundo a comunicação social, 5 000 criaturas. Muitos outros foram os que os apoiaram, mas não tiveram "tomates" para lá ir.

Não sou nenhum idiota, e eu bem sei que até alguns dos meus amigos, nas minhas costas já me terão gozado, ou até rido às custas da minha orientação sexual. Ou pior, serem amigos de gente deste calibre...

Mas sou superior a isso...


O triste disto é que no final, alguém paga sempre com a vida, a estupidez de outros, seja na Madeira, seja em Lisboa.

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