domingo, novembro 2

Em Setembro de 2002 fui passar uns dias á Covilhã, cidade de quem tinha uma ideia negativa. Mas sai de lá com uma impressão completamente oposta.
Comecei por visitar a velha Capela de Santa Cruz na estrada que liga a cidade á Torre. È dos meados do século XV, fundada pelo Infante D. Henrique, filho de D. João I. Tem dois alpendres e púlpito exterior, no interior uma custodia de prata do Infante D. Luís, que era senhor da Covilhã. O adro é muito agradável e a vista deslumbrante.
No centro da cidade a Igreja Matriz, com a sua fachada coberta de azulejos azuis e brancos, e a torre sineira, também conhecida como Igreja de Santa Maria Maior.
A Casa dos Ministros é de época filipina, do século XVII.
O centro da Covilhã é um misto de moderno e antigo, edifícios do Estado Novo, Igreja da Misericórdia, casa típicas beirãs, um centro comercial dos anos 80 (horrível), e um arranjo da rotunda que ninguém sabe o que é (um pilares de cimento ou mármore partidos com esguichos de água?), convivem com a estátua de uma das figuras ilustres da terra, Pêro da Covilhã. O centro tem algumas ruas a precisar muito de obras, alguns edifícios típicos beirões, com azulejos.
Já a caminho da EN 18 a Igreja de São Martinho e o Museu dos Lanifícios.

A caminho da Sortelha, atravessa-se as velhas pontes romanas de Caria, e paragem para deixar passar um grande rebanho de ovelhas, que isto é terra de bom queijo.
Sortelha impressiona logo á chegada, num promontório suave, mas que se destaca no planalto. As casas todas em pedra emparelhada e de traça manuelina, impressionam e maravilham quem as vê. O largo junto ao castelo tem o pelourinho e as traseiras da Igreja Matriz.
O castelo e a vila intra-muros encontram-se em bom estado de conservação, e a vista das suas muralhas vai até terras de Espanha. As muralhas serpenteiam o promontório, rendendo-se ao capricho dos rochedos. Perdemo-nos nas ruas é um encanto, se há lugar romântico em Portugal, este é um dos eleitos.
Já fora das muralhas uma capela em estilo românico. Por tudo isto é uma das aldeias históricas de Portugal.

Também aldeia histórica é Castelo Novo, terra de boa água.
Chega-se por um largo com uma ponte de bela cantaria. A visita é sempre a subir, com casas medievais pela encosta até ao castelo.

A Casa da Câmara tem o Chafariz de D. João e o pelourinho, tudo envolto pela Serra da Gardunha. A torre do relógio sobressai entre o casario. 

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