sábado, maio 19



Não, a vida não me desapontou!



Bem pelo contrário, todos os anos a acho melhor, mais desejável, mais misteriosa...

Desde o dia em que vejo a mim a grande libertadora, a ideia de que a vida podia ser aquela que eu queria para mim, a procura do saber, e não dever nada a ninguém, a fuga á fatalidade.

Quem me despontou foram algumas pessoas, aquelas que não tem qualidade. Mas essas risquei-as da minha vida, passo-lhes ao largo, e defendo-me delas, não lhes alimentando o ódio e a inveja com que me “presenteiam”.

Deixa-as destilar o veneno, que pode ser que mordam a língua e morram envenenadas.

Agora só não toquem naqueles que amo, os meus amigos…



E quem, de resto, se poderá bem rir e bem viver se não for capaz de enfrentar a vida e vencer as suas guerras?



Há pessoas que me acham um ser com uma forte personalidade.

Se calhar tem razão. Eu acho que sou uma pessoa que tenho a cabeça arrumada, sei aquilo que quero, e para onde quero ir. Encaro os meus sentimentos e afectos com a maior naturalidade e demonstro-os sem pudor ou vergonha. Pois eles fortalecem-me, não me diminuem, nem me enfraquecem. Aposto neles pois são eles que me salvam de ser um homem vulgar.

E de gente vulgar já estou farto…



Pobre dessa gente que apenas tem para mostrar, e conquistar os incautos, um corpinho jeitoso.

Quantas vezes fui olhado com ar de nojo por aqueles que agora andam atrás de mim, só porque não tinha o corpo que eles achavam apetecível. Eu continuo o mesmo na minha cabeça, só em versão melhorada (sem photoshop) e com muito mais confiança. Se isso se nota, ainda bem, adoro vê-los a morder os lábios quando os ignoro.

Os meus amigos não tem de ser lindos, nem inteligentes, basta seres bondosos e generosos, humanos e afectuosos. Os meus amantes idem…

quarta-feira, maio 16



Tenho conhecido tanta criatura nesta vida sem grandeza de alma e sentimentos.

São intriguistas e mesquinhas, adoram fazer-se de vítimas, mas fazem de vitimas os outros, sendo incapazes de entender o que é justiça.

São seres pobres e secos de afectos, só se vem a eles ao espelho.

Para eles a vida limpa, plena, franca, encarada nos cornos, não faz sentido.



Entre o Deve e o Haver, eles acham que é tudo a haver para elas, egoístas como são.

Não são gente… são coisas amargas, sem ternura, sequiosos de atenção, sem saberem qual é o caminho certo, sem rumo na vida, querem eles lá saber do céu e do inferno. O inferno já eles o fazem nesta vida. E então os “devotos” são os piores. Armados em puritanos, lá estão eles de dedo em riste, a apontar lestamente os “defeitos” aos outros.

A que propósito merece esta gente a minha solidariedade?

quarta-feira, maio 9


Uma coisa sabei de mim, que quero antes o bem que o mal, porque muito mais o sinto como meu, que o mal que me recorda o meu passado, e a morte, que até me matar, me mata. 
Não sei se serei capaz de voar tão alto, porque para voar alto, são necessárias asas que não tenho. Mas vós que também sois homens como eu, desculpai-me a conta em que vos tenho. E o que de mim vos sei dar, é simplesmente o melhor que tenho, que sou, que é a honestidade do meu carácter, a bondade do meu coração, a inteligência emocional dos meus afectos.